quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Coisas ^^

Decidi ir espairecer, ver montras, comprar qualquer coisa, ver livros, sair de casa. Fui ao Continente, porque na última semana devorei dois livros de uma mesma autora e adorei, e como sei que lá tem pelos menos mais dois dela, fui lá para comprar mais um (mais tarde falo dos livros um a um).
Andava perdida na secção dos livros a ver tudo em mais alguma coisa, a ler títulos e contracapas. Fui "acordada" com o choro e gritaria de uma criança que, provavelmente, depois de andar a passear por ali e ver tanta coisa decidiu fazer a bela da birra. Como já disse aqui, não suporto birras e o som estava mesmo próximo. Levantei a cabeça e fiquei com o livro que estava a ver na mão, e o cenário era este : o pai puxava o miúdo (pequenito e magro de 5 ou 6 anos) e atrás vinha a mãe com umas trombas até ao chão a empurrar o carrinho de compras literalmente com a barriga já que as mãos vinham a gesticular. Quando digo que o pai vinha a puxar o puto, vinha mesmo. A puxar, como quem puxa um saco pesado. A puxar. Os pés do miúdo não iam a tocar no chão direito, ele ia aos tropeções, a chorar, a berrar, a ser arrastado pelo pai.
Quando estão mesmo quase ao pé de mim o pai pára bruscamente, o puto, obviamente, cai. O pai levanta-o pela parte de trás da gola da camisola e bate-lhe enquanto grita "TOMA!! SÓ POR SERES ASSIM!"
Também já disse aqui que quando vejo putos a fazer birras me dá vontade de lhes bater, mas o que vi hoje fez-me largar o livro que tinha na mão e ver aquela cena como se eu não estivesse mesmo ali. O pai bateu-lhe. Bateu-lhe. Mas não lhe deu uma bofetada ou uma palmada na cara. Não. Bateu-lhe. De forma indiscriminada, as sapatadas caiam por todo o corpo franzino do miúdo. Ele simplesmente abriu a mão e deixou o braço subir e descer todas as vezes que quis. Na cara, na cabeça, nas mãos, nos braços, nas costas, nas pernas, no rabo...onde ela caia.
Parou quando o choro do miúdo deixou de se ouvir, quando ele já estava tão sufocado de chorar e gritar que o ar já não passava. Levantou o miúdo e disse-lhe "Chora agora, anda!!!" A mãe, encostada ao carro olhou para ele e disse "Bem feito.". Continuaram a andar. Os choros e gritos continuaram a ouvir-se por imenso tempo, mas agora segundo a possível teoria do pai teria a sua razão.

Como digo, não sou contra dar-se uma sapatada quando tem de ser. Não sou mesmo mas, juro que hoje fiquei quase escandalizada, apeteceu-me ir lá e bater no homem! Dizer-lhe que descarregasse a fúria em alguém do tamanho dele (que eu não tinha ^^). Agarrar naquela mãe e dar-lhe um soco nos dentes...

Gentinha com problemas, caraças ^^ Que nojoo.


Sílvia*

4 pessoas escreveram assim:

Gerson Viana disse...

Há gente... que sinceramente...

Joao disse...

Uma palmada de vez enquanto todos merecem, agora grandes espancamentos em praça publica é que não..

Nuna disse...

eu nao sei como tudo começou, mas pelo que contas, acho que a culpa foi mais da educação que o miudo recebeu do que por ser rebelde.
So o facto de a mae dizer: Bem feito no fim comprova isso.
Enfim! Ha pessoas que nao deviam ter filhos --'

Sílvia* disse...

Claro..por mto rebelde que fosse o miúdo, também não sei o que aconteceu antes mas...é má educação e pronto...

Agora, que espécie de mãe depois de ver o filho levar no pelo daquela maneira diz bem feito? Dizes bem, não deviam meeesmo ter filhos.