segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Chocolate Quente

Uma rapariga com os seus 17 anos observava pelo vidro do café que habitualmente frequentava a agitação da cidade. A agitação começava por volta das 17:00. As pessoas despenhavam dos seus trabalhos apartir dessa hora. Tal como, os estudantes dos colégios da zona. Todos os dias depois de sair das aulas, Joana entrava naquele café e pedia duas canecas de chocolate quente. A jovem era sempre atendida pelo mesmo empregado. Ela sabia a hora que ele entrava ao serviço e quando saía, entrava as 16:00 e saía as 20:00. Ao pedir duas canecas de chocolate, pressupõem-se que a jovem estivesse à espera de alguém, mas não. Joana sempre estava sozinha naquele café, sempre à mesma hora e era sempre atendida pela mesma pessoa. Essa pessoa era um rapaz moreno na casa dos 19 anos, chamado Pedro. Pedro nem precisava de ouvir o pedido da jovem, só lhe perguntava se era o de sempre e ela sorrindo acenava que sim. Não demorou muito, para que o rapaz ficasse intrigado com aquele comportamento da rapariga. É normal uma pessoa chegar primeiro e pedir algo para si e para o seu acompanhante, mas agora pedir para si e para outra pessoa e essa nunca aparecer, torna-se estranho. O que Pedro não sabia é que aquela caneca era realmente para alguém, mas esse ainda não tinha percebido. A caneca era para ele.
Tudo começou num dia de chuva. Naquele dia enublado, Joana esqueceu-se de levar um guarda chuva e acabou por ter de correr quando saiu do colégio. Como a sua casa ainda ficava longe, a jovem resolveu abrigar-se num café que avistou logo a seguir á estação de comboios. Entrou e sentou-se na mesa do canto. O empregado que a atendeu foi o Pedro, mas a rapariga nem lhe prestou muita atenção, estava mais ocupada a verificar se os livros e o ipod estavam secos. Só reparou no rapaz quando este chegou com o chocolate. Aí sim, reparou nele. Reparou nos seus olhos cinza e no seu sorriso terno e doce. Desde de então, começou a ir todos os dias aquele café. Até que depois de muito observar o rapaz, apaixonou-se por ele. Os dois pedidos começaram apartir daí. A caneca de chocolate era para ele e para mais ninguém. Ela sempre bebia o dela e o que supostamente era para ele ficava intacto. E Joana pagava sempre os dois, mesmo um estando intacto. Mas o rapaz nunca percebeu a mensagem.
Um dia, após muito pensar naquela atitude estranha da jovem, o rapaz resolveu perguntar o porquê das duas canecas. Não conseguia mais suportar que uma rapariga tão bonita fosse ignorada durante tanto tempo. A pessoa que ela esperava não valia nada, não podia valer ao deixá-la ali dias a fio esperando por ela. Depois de muito andar para trás e para a frente dentro do balcão, o rapaz ganhou coragem e dirigiu-se para a mesa habitual da jovem. Sentou-se e perguntou: Como é que podes esperar por esse alguém? Ele nunca aparece. Alguém assim não te merece. Para quem é essa caneca afinal? Disse o jovem de uma só vez para não perder a coragem. Depois de o dizer arrependeu-se, mas já estava dito. Joana ficou surpreendida não esperava aquela atitude do rapaz que amava em segredo. Mas mesmo surpreendida não esboçou uma única expressão. Calmamente respondeu: A caneca é, e sempre foi para ti!

Nuna*

7 pessoas escreveram assim:

Sílvia* disse...

ahah xD 'Homes'... as coisinhas ali a um palminho do nariz e niente xD

Gosto ;D

Gerson Viana disse...

Ó Sílvia... mas olha que também há raparigas assim ;)

Sílvia* disse...

Ahm, ai há miudo?
Acho que não conheço nenhuma xD lool

Nuna disse...

sim existem. E depois existem aquelas que fazem que nao percebem ;D

Gerson Viana disse...

Sim Bruna. Dessas também há. E acho que são mesmo as piores.

Sílvia* disse...

Ena!! vocês conhecem tanta coisa xD Eu num conheço nada disso ^^

=p

Laura disse...

Como cada vez que leio alguma coisa escrita por ti: ADOREI

=DD