Vida como um Novelo

Um dia estava a olhar um novelo, um daqueles que as nossas avozinhas usam para tricotar. Aquelas coisas redondas resultantes de tanto se enrolar um longa, enorme e densa linha. Sim, aquelas rodinhas que os gatinhos adoram bater, brincar, trincar e atirar ao ar ( quando são mais fortes que elas). E se um novelo fosse a nossa vida? Não importa se é rosa, azul, amarelo e preto ou vermelho e preto, mas imaginemos que essa rodinha tão banal fosse a nossa vida. Ao desenrolar um novelo podemos desenrolá-lo de uma forma abrupta ou de uma forma suave e estudada. A vida também pode ser vivida intensamente ou de uma forma calculista, ou ainda, de uma forma, vivida mas pensada. Conforme, vivemos a vida encontramos obstáculos, independentemente da forma que escolhemos para vivê-la. O o mesmo se passa com o novelo, no longo processo que é desenrolá-lo existem sempre nós. Esses nós compara-os aos problemas. A nossa persistência é determinante para desatar um nó. Se desistirmos e cortarmos o nó, nunca mais poderá voltar ao que era antigamente, mas se o desfizermos tudo voltará ao normal. A linha continuará unida. Mas depois de cortada nãopoderá ser fundida novamente.
O novelo é como a nossa vida, pelo menos é o que penso. O novelo serve para edificar, para construír, para fazer alguém feliz. E assim deve ser a nossa vida. Devemos edificar algo seguro para que nada desmorone. Devemos construír para mais tarde colher e devemos fazer alguém feliz porque assim seremos verdadeiramente felizes.

Nuna*