Peguei um malmequer num campo repleto deles. O vento soprava e juntamente com o meu cabelo os malmequeres esvoaçavam. O sol brilhava e os seus raios, libertando-se dele, iluminavam as flores. Nunca acreditei muito no poder da tradição popular em relação ao malmequer. Será que esta simples flor pode dizer se ele me quer ou não? Questionava, naquele campo, sozinha, apenas com o meu coração. Mesmo duvidando, decidi ir arrancando pétala por pétala. Da minha boca saía a lenga a lenga do Zé Povinho. A faltar três pétalas para o final parei. E, no bem-me-quer fiquei. Não sei explicar o porquê, apenas suspirei. Que estupidez! Não era uma flor que me iria dar o amor. Não fui até ao fim. E mesmo sendo bem-me-quer o resultado final. Nada mudou, o meu sonho, desejo apenas nisso ficou. Da minha imaginação e do meu coração para a realidade não saltou. Nem sei como o último acreditou. Enfim. A minha dor é tanta que até já recorro a uma flor. A flor lá ficou. E tal como as outras pétalas, também minha esperança voou.
Nuna*
Buh!
Há 6 meses
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