segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Que farias se chegasses hoje?

Um dia numa conversa fizeste-me uma daquelas perguntas que detesto responder... Que farias se chegasses hoje? Não é que não saiba o que faria, sei sim, até muito bem. Só que é me difícil dizer, tal como a pergunta Porque me querias aí? foi.

Se chegasse aí ficaria em pulgas até abrires a porta. Se levasse ainda a mala incapaz de a deixar em casa só com a pressa de te ver, esta tinha um encontro imediato com a rua de xisto. Ficaria a estudar cada detalhe do teu rosto, com receio que algum pudesse ter mudado na minha ausência. Em seguida, dar-te-ia um beijo apressado mas ao mesmo tempo carinhoso. Como senão houvesse tempo a perder. E por não ter tempo a perder, enrolaria os meus braços em torno do teu pescoço para nunca mais correr o risco de nunca mais te ter. De nunca mais ver o teu sorriso de felicidade ao me ver, nem de sentir o teu aroma. A tua cova do teu pescoço seria o meu refúgio e mesmo que nada dissesses nada poderia apagar aqueles segundos em que me sentiria protegida no teu abraço.

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