Diferente...

Pensei que o que dizias era verdade. Acreditei realmente que eras diferente, acreditei quando dizias que tu não és como todos os outros.
De toda e cada vez que te vangloriaste, com a desculpa da sinceridade, e disseste que eras único, especial, diferente, eu acreditei. Eu também achava que sim, eras mesmo assim.
Eras diferente. Mas tenho visto que és mais do mesmo. És igual. És insosso. És triste e ingénuo. És igual a tantos outros. És mais um. És artigo de fábrica. És mais daquilo que toda a gente conhece.
Não, não és diferente. Nem sequer caminhas para isso. Não estás sequer perto disso. Não és diferente de ninguém, és mais igual que dois pontos. És enjoativo.
Tenho pena, não és diferente. És mais um.

Sílvia* (em modo desabafo deprimente e parvo)