Eu tenho problemas com coisas sérias. Eu, quando sinto que alguma coisa está a ficar séria demais fujo. Eu é que por norma tenho dificuldades em assumir as coisas. Eu é que me tenho dado mal com esta forma de ser. Quando corre mal normalmente a culpa é minha exactamente por causa disto.
Mas desta vez, desta vez eu fiz tudo bem. Eu assumi que não eras só mais um amigo, que não te via só assim. Eu estive lá sempre. Eu fiquei na dúvida. Eu fiquei sem saber exactamente o que estava a acontecer. Eu.
Desta vez eu fiz tudo bem. Foste tu que te afastaste. Foste tu que desapareceste. És tu que andas a jogar comigo o toca e foge. És tu que tens medo que isto, com a nossa aproximação possa ficar sério. Tu percebeste que juntos tudo muda, tudo pára, tudo fica esquecido e tiveste medo.
Foste tu que estragaste tudo, foste tu que mudaste. Foste tu que deixaste de me tratar como costumava ser, foste tu.
Lamento, foste tu, e agora...Agora não há nada que eu possa fazer. Não me posso aproximar porque eu estou exactamente no mesmo lugar. A distância que percorreste ao fugir tens de percorrer de volta no sentido oposto. Porque eu continuo aqui, no mesmo lugar.
Sílvia*